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    Jardins das Artes dos Condes de Mesquitella

    Jardins das Artes dos Condes de Mesquitella
    Portugal
    XVIII

    Apresentação

    Uns dos mais originais e interessantes casos da história do jardim em Portugal. As suas notáveis qualidades advém, não da grandiosidade das suas proporções, mas da escala intimista e do ambiente sofisticado criada por altos muros onde se destaca um conjunto de figuras recortadas em azulejo representando esculturas clássicas da tradição greco romana. De traços amplos e vigorosos  concebidos para uma leitura à distancia, estas estátuas entrecruzam-se com grandes composições de fontes, cada uma dedicada a uma arte, constituindo no seu conjunto um jardim dedicado às artes e ao conhecimento.   Voltado sobre si próprio e recusando uma ligação com a natureza e a paisagem natural, este jardim apresenta-se como um caso excepcional de jardim cripro-mágico que se fecha numa realidade de forte sentido estático e sonhador. 

    Fig. 1 - Vista da zona do jardim dos Condes de Mesquitella virada a nascente.

     

     

    Enquadramento  histórico e arquitectónico 

    Em meados do século XVIII os condes de Mesquitella , mandam realizar grandes obras na sua uma quinta de recreio em Carnide conhecida pelo nome de N.Srª da Luz. De pequenas proporções a quinta recebe um requintado programa decorativo tanto nos seus jardins como nos seus interiores de que nos chegaram um interessante conjunto de figuras de convite situadas nas escadarias da casa.  Embora restauradas por Pereira Cão a estética destas figuras aponta para a década de 40 do seculo XVIII. Esta primeira construção irá receber na segunda metade do século XVIII beneficiações como é exemplo os jardins e os seus azulejos como a varanda virada a sul com um programa escultório de grande qualidade estética. Na segunda metade do século XIX o declínio da família determina a venda da quinta que é integrada, no então, Real Colégio Militar. Nos inícios do século XX o edifício recebe um profundo restauro tendo o pintor Pereira Cão efectuado uma restauro dos seus azulejos.  em  A data de1905 ficou registada com a assinatura do pintor colocada na composição da fonte em azulejo localizada na parede.  De forma muito significativa Pereira Cão respeita em absoluto a linha estética dos jardins e azulejos realizando uma cuidada intervenção.

           

    Fig 2 - Planta da Quinta da N. Srª da Luz num pormenor da Planta de Lisboa de 1904-1911, dirigida pelo Eng. Silva Pinto. Fig.3 - Fachada da quinta de N. Srª da Luz virada a Norte. Fig.4 - Vista Sul do edifício sobre o pátio de recebimento. Fig.5 - Gravura de Louis Suruge (1686-1762) com as Escadas dos Embaixadores no Palácio de Versalhes.

     

     

    A varanda-terraço e as escadarias de aparato

    Numa zona de cruzamento entre a arquitectura e o paisagismo, a varanda e o pátio de recebimento da casa constituem um conjunto interdependente pelo requinte não só das formas e proporções  como pela estatuária e decoração azulejar.  Organizada como um pequeno anfiteatro a varanda, ladeada por dois pequenos torreões, articula-se com escadarias de dois lances opostos, terminando num patim central enquadrado por nicho com uma estátua de Vénus no interior  liga-se com a meia laranja que se , fazendo articulação com o Jardim das Artes e com a zona de produção agrícola da quinta.

         

    Fig.6 -Planta de conjunto. Fig.7 –Vista da escadarias e varanda do pátio de recebimento. Fig.8 -Terraço da varanda voltada a Sul. Fig 9 – Pormenor da zona central das escadarias.  Fig.10 – Entrada para a zona rural da quinta.

     

     

    Francisco Jorge da Costa 

    De acordo com José (Meco, 2009) os azulejos da Quinta dos Condes de Mesquitela tanto do jardim como da varanda sul do edifício, situam-se na fase tardia do estilo rococó, cerca de 1780-1785, integrando-se na produção do pintor Francisco Jorge da Costa. Deste pintor que terá marcado este período são atribuídos documentalmente os azulejos da Sala da Manga do Palácio de Queluz a partir de um pagamento datado de 1784. Com o cargo de Mestre Azulejador da Casa do Infantado e da Real Casa das Obras, a principal actividade deste artista decorre, fundamentalmente, das encomendas destinadas às grandes empreitadas régias do último quartel de Setecentos: os palácios de Queluz, da Ajuda e de Samora Correia; os conventos da Estrela, das Francesinhas, das Flamengas ou da Esperança.   

          

    Fig.11 – Sala da Manga do Palácio de Queluz (1784) forada de azulejos atribuidos documentalmente a Francisco Jorge da Costa. Fig.12 – Pormenor de azulejos no Canal dos Jardins do Palácio de Queluz, de Francisco Jorge da Costa. Fig.13 – Pormenor de painel situado na alameda Sul da Quinta dos Azulejos no Lumiar .Fig. 14 -Banco de jardim forrado de azulejos na Quinta dos Azulejos Lumiar.  

          

     

     

    Pereira Cão

    Com o nome de baptismo de José Maria Pereira Junior, Pereira Cão nasceu em Setubal a 22 de Fevereiro de 1841. Tendo frequentou a Instituto Industrial e a Academia de Belas Artes de Lisboa no final da sua formação começa a trabalhar com os cenógrafos Giuseppe Cinatti e Achiles Rambois com quem virá a colaborar por mais de vinte anos, participando em importantes campanhas de pintura decorativa, não só em palácios da casa real como da nobreza e burguesia. Com eles participou nos arranjos do Palácio da Ajuda por ocasião do casamento do rei D. Luís com D. Maria Pia. Dedicando-se sobretudo à pintura decorativa os seus trabalhos, estendem-se  por todo do país integram uma lista de mais cem edifícios. Na década de setenta e numa fase madura da sua produção artística, Pereira Cão dedica-se à pintura de azulejo assumindo a direcção da Fábrica Viúva de Lamego tendo neste campo artístico desenvolvido intensa actividade. Das suas obras mais conhecidas podemos referir a sua participação no Palácio dos Marqueses de Castelo Melhor, na Quinta da Cardiga em Tomar, no Palacete Egas Moniz, no Palácio da Azarujinha, no Palácio de Estoi no Algarve e a par dos jardins do Colégio Militar, os jardins do Palácio de Queluz e a Quinta do Azulejo no Lumiar.

         

    Fig. 15-16 - Azulejos do pátio do Palácio dos Marqueses de Castelo Melhor Fig. 17 – Fonte na Quinta do Azulejo no Lumiar com as armas dos Condes de Santar. Fig.18 – Azulejos na Fonte dos Cavalos no Palácio dos Condes de Santar em Santar

            

    Fig. 19 painel alusivo ao Outono situado na varanda da Quinta dos Condes de Mesquitella. Fig.20 -Pormenor de medalhão encimado pelas armas de Portugal. Fig.21 Medalhão com imperador do remate superior da varanda. Fig. 22 -Pormenor do medalhão da maia laranja da entrada poente do jardim. Fig. 23 -Assinatura de Pereira Cão junto da entrada poente do jardim com data 1905.

     

     

    François Perrier e as fontes de inspiração  da azulejaria

    Ao longo da nossa investigação fomo-nos apercebendo que a maioria das figuras de estátuas que se distribuem nos muros de envolvimento do jardim, são inspiradas nas gravuras de François Perrier incluídas no seu livro “Segmenta nobilium signorum et statuarum… Franciscus Perrier D. D. D.  A Paris, chez la veufve de deffunct Perrier rue des fossez St Germain". Paris, 1638.De uma qualidade inigualável e mercê de um traço vigoroso e preciso esta recolha manifesta-se de uma importância fundamental para a arte greco-romana tendo servido de reportório visual durante várias gerações de artistas e coleccionadores europeus.  Verificamos, no entanto, algumas excepções caso da figura de Pan com Daphinis que, nos azulejos do jardim, se inspira na gravura de Domenico de Rossi (1647-1729) incluída na obra;  Raccolta Di Statue Antiche E Moderne Data In Luce Sotto I Gloriosi Auspici Della Santita Di N.S. Papa Clemente XI. Illustrata Colle sposizioni a ciascheduna immagine Di Pavolo Alessandro Maffei Patrizio Volterrano E Cav. Dell'Ordine Di S. Stefano E Della Guardia Pontificia - In Roma: [1704] [i.e. 1740?].

               

    Fig. 24-25-26 - Frontespício e indice da obra deFrançois Perrier incluídas no seu livro “Segmenta nobilium signorum et statuarum… Franciscus Perrier D. D. D.  A Paris, chez la veufve de deffunct Perrier rue des fossez St Germain". Paris, 1638. Fig.27 - Pan com Daphinis na obra de Francois Perrier. Fig. 28-29. -Frontespicio e Pan com Daphinis da obra de  Raccolta Di Statue Antiche E Moderne Data In Luce Sotto I Gloriosi Auspici Della Santita Di N.S. Papa Clemente XI. Illustrata Colle sposizioni a ciascheduna immagine Di Pavolo Alessandro Maffei Patrizio Volterrano E Cav. Dell'Ordine Di S. Stefano E Della Guardia Pontificia - In Roma: [1704] [i.e. 1740?   

     

     

    Edmé Jeaurat e a série de gravuras sobre “ As Artes e as Ciências”

    Em contraponto com as representações das estátuas, as artes e ciências que encimam as oito fontes que se distribuem nos muros do jardim são inspiradas nas gravuras de Edmé Jeaurat (1688–1738),   gravador francês  marcado por uma grande delicadeza e precisão de traço.  As figurações inspiram-se em duas séries diferentes editadas por Jeaurat. A primeira,  datada de 1724,  apresenta-se numa cercadura elíptica  a História, a Poesia , as Matemáticas e a Pintura. A segunda série datada de 1734. Nesta última são reproduzidas são reproduzidas a Música, a Geografia , o Desenho e a Dança ( 1734).

           

    Fig. 30-31 –Retrato de Edmé Jeaurat e gravura do autor com titulo "Paisane des Environs de Ferrare" datada de 1734 – Fig. 32 -A "Poesia" pertencendo à série de quatro alegorias de Edmé Jeaurat sobre as Artes, datadas de 1724. Fig. 33  – “A Música” pertencendo a segunda série de  Artes datadas de 1734

     

     

    Estrutura geral e a composição azulejar 

    O aspecto mais notável deste jardim reside, sem dúvida, no caracter arquitectónico da sua estrutura espacial concebida em dois eixos  que se organizam em função de dois portais e quatro janelas colocados nos muros de envolvimento. É, no entanto, o programa azulejar que se institui como elemento estruturante de todo o espaço. Neste sentido o autor concebe um conjunto de grandes fontes em azulejo de forte impacto visual que ladeadas por grandes esculturas em azulejo que envolvem o jardim numa sequência de alternâncias rítmicas de grande impacto  espacial.

    Fig. 34 -Lado sul do jardim destacando-se no muro alto de envolvimento a sequência de figuras em azulejo alternando com grandes fontes.

     

     

    A Fonte da Sapiência e Silenus

    Com uma forte presença em todo o espaço do jardim, ao longo das paredes do muro de envolvimento do jardim, distribuem-se dez grandes composições   sendo cada uma constituída por uma fonte monumental tendo na base dois leões a jorrarem água com em cima dois vasos brotando água por dois golfinhos. Se de um ponto de vista arquitectónico estas grandes composições estruturam o espaço alternando com as diferentes estátuas, estas fontes parecem conformar um significado muito peculiar quando vemos apoiarem-se em grandes figuras do semi deus Silenus.  Na mitologia clássica  esta figura encerra um significado muito particular, ligado as forças telúricas da natureza. Na realidade Silenus foi professor e companheiro de Dionisio adquirindo poderes especiais de clarividência sob o efeito do álcool. Estruturando a base de cada fonte Silenus parece aqui surgir como componente fundamental ao desenvolvimento de cada uma das artes.

             

    Fig. 35- Uma das fontes em azulejo do jardim. Fig. 36 -Gravura francesa de estilo rococó.Fig. 37 -Pormenor de uma das fontes do jardim salientando a forte inspiração rococó. Fig. 38-39 -Gravura de François Perrier com "Silenus"  e "Silenus" na base de uma das fontes, sendo o bode subtituido por cabeça de leão.

        

     

    Artes – Lado Sul

               

    Fig. 40 –Grande composição de fonte  em azulejo encimada ao centro por cartela com alegoria à Pintura. Fig 41 -Pormenor da cartela  em azulejo com a alegoria à "Pintura" Fig. 42 – Gravura de Edmé Jeaurat com musa Polymnia e um putu, Fig. 43 – Pormenor de cartela em azulejo com alegoria à "Matemática". Fig. Fig. 44 - gravura de Edmé Jeaurat com musa da "Matemática"

            

    Fig.45 -Grande composição de fonte  em azulejo encimada ao centro por cartela com alegoria à "Poesia". Fig 46– Pormenor da cartela com alegoria à "Poesia" aqui representada por duas musas: Erato simbolizando a poesia lírica e amorosa  segurando uma lira como seu atributo e Euterpa apoiando-se num livro  Fig.47  - Gravura de Edmé Jeaurat alegoria à "História" Fig. 48 -Pormenor da cartela em azulejo com alegoria à "História". Fig. 49 -Gravura de Edmé Jeaurat  com alegoria à História sendo aqui representada por "Clio", cujo nome significa “proclamadora” e segundo a tradição terá gerado Jacinto através de uma união com Pierus, o rei da Macedônia.

     

     

    Artes - Lado Norte

            

    Fig. 50 - Grande composição de fonte encimada com cartela com a alegoria da "Geografia".Fig. 51 Pormenor da cartela com a alegoria da "Geografia" Fig. 52 -Gravura de Edmé Jeaurat  com alegoria à "Geografia" aqui representada por Urânia, musa cujo nome significa “Rainha das Montanhas” e Urânia é também musa da astrologia e da astronomia. Por isso a sua representação é sempre com um globo e um compasso em mãos, sendo musa inspiradora de geólogos e astrônomos. Ela também se veste com um manto que é bordado de estrelas e tem seus olhos sempre voltados ao céu. Fig. 53 - Pormenor da cartela com a alegoria -àDança. ” 54 -Gravura de Edmé Jeaurat  com alegoria  à "Dança" aqui representada por Polímnia, normalmente apresentando uma expressão muito pensativa, usando um longo vestido e com um manto pousado em seu ombro.

           

    Fig. 55 - Grande composição de fonte encimada com cartela dedicada ao tema do "Desenho".Fig.56 -Cartela em azulejo com alegoria ao "Desenho". (Ao longo da nossa investigação encontramos até agora a gravura do desenho de Edmé Jeaurat).  Fig 57 - Cartela em azulejo dedicada ao tema da "Música" . Fig. 58 -Gravura de Edmé Jeaurat  com alegoria à"2Música", aqui representada por Euterpe. Esta musa é fruto da união de Zeus e Mnemosine, que é a deusa da memória. Seu símbolo é uma flauta doce, instrumento que toca muito bem.

     

     

     

    Passeio Sul - lado nascente

      

    Fig. 59 Planta geral do jardim assinalada a vermenho a zona nascente do Passei Sul. Fig. 60 Vista geral da zona sSul do jardim.

                   

    Fig. 61 -Fauno. Fig. 62. Fonte com alegoria à Pintura. Fig. 63 Figura de Venus em azulejo. Fig.64 Figura  de Amazona em azulejo, Fig. 65 Lutadores de Prancaciates, em azulejo. Fig. 65 Fonte com alegoria à "Matemática", Fig.66  Lutadores de Prancaciates e Fig. 67 Apolo de Belvedere

              

    Fig. 68 a 73 -Sequência de gravuras de François Perrier, alternando com pormenores em azulejo das figuras representadas,  sendo a primeira primeira um Fauno, a segunda uma representação da estátua de Venus de Medici e a terceira uma Amazona.  

              

    Fig. 74 a 79. -Sequência de gravuras de François Perrier, alternando com pormenores em azulejo das figuras representadas, sendo as duas primeiras  os "Lutadores de Prancaciates" e a terceira  a estátua de Apolo de Belvedere.

     

     

    Passeio Sul-Lado Direito  

       

    Fig. 80 Planta geral do jardim com marcação da zona Sul. Fig. 81 -Vista de conjunto do lado Sul

                  

    Fig. 82 -Mercúrio. Fig. 83 Centauro e Eros. Fug. 84 -Composição azulejar de fonte com alegoria à Poesia. Fig. 85 -Monte cavalo. Fig. 86 Alexandre. Fig. 87 -Mercúrio. Fig. 89 -Composição azulejar com fonte com alegoria sobre a História. Fig. 90- Venus

                   

    Fig. 91 a 99 -Sequência de gravuras de François Perrier alternando com pormenores em azulejo das figuras representadas, sendo a primeira Mercurio, a segunda e terceira dois centauros. Fig. 99 - Vestal pintada por Pereira Cão sem correspondência com as gravuras de francois Perrier

          

     

     

    Passeio da Entrada

      

    Fig. 100 Planta geral do jardim com marcação a vermelho da zona da meia laranja. Fig. 101 -Vista nascente do jardim com meia laranja de entrada onde se destacam as alegorias aos quatro continentes.

     

    Meia laranja da Entrada – lado esquerdo

            

    Fig. 102 Figura romana. Fig. 103 Alegoria à Europa. Fig.  104 Entre pilastras grande alegoria encimada pelas armas reais do período final da monarquia portuguesa. De cada lado alegoria à Europa e América. Fig. 105 Pormenor com a alegoria à América Fig. 106 Figura  alusivas à América

     

    Meia laranja da Entrada – lado direito

    Grande composição encimada pelas armas reais do período final da monarquia portuguesa com alegoria à Asia e a África com figuras aladas alusivas aos continentes.

             

    Fig. 107 Figura romana. Fig.108 Pormenor com alegoria à Ásia. Fig. 109  Entre pilastras grande alegoria com as armas reais do período final da monarquia portuguesa. Fig. 110 -Pormenor com alegoria África. Fig. 111 -Figura romana.

     

    Entrada -Tramos Laterais

            

    Fig. 112  Planta geral do jardim com marcação da zona rectas do muro da entrada. Fig. 113 Vaso de jardim em azulejo. Fig. 114 a 119 -Sequência de figuras pintadas  em tamanho natural por Pereica Cão com as duas grandes fontes pintadas por este autor. 

     

    Passeio Norte -lado esquerdo

      

    Fig.120  -Planta geral do jardim com marcação da zona norte lado esquerdo. Fig. 121  -Vista de conjunto do lado Norte do jardim.

                

    Fig. 122 -Ceres da galeria Borguese em Roma. Fig 123 -Musa do Capitólio. Fig. 124 -Anfitrite e Tritões. Fig.125 -Composição azulejar de grande fonte com alegoria à Geografia. Fig. 126 -Tritões sobre leão marinho Fig. 127 --Musa de Euterpe. Fig. 128. Composição azulejar com Fonte com alegoria à Dança.Fig. 129 . Apolo de Belvedere.

               

    Fig. 130 a 137 -Sequência de gravuras de François Perrier alternando com pormenores em azulejo das figuras representadas, sendo a primeira Ceres  da Galeria Borguese,  segunda a Musa do Capitólio a terceira Musa de Euterpe e a quarta Apolo do Belvedere.

     

     

    Passeio Norte - lado Direito

     

    Fig. 138 - Planta geral do jardim com marcação da zona norte lado direito. Fig. 139  -Vista de conjunto do lado Norte do jardim.

                   

    Fig. 140 -Hercules com seu filho Télefo. Fig. 141 -Pan ensinando jovem Febus. Fig. 142 -Composição azulejar com fonte com alegoria ao "Desenho". Fig. 143 -Suicido do Gaulês e sua mulher. Fig. 144 -Hercules do jardim Farnese. Fig.145 -Grego Polux sem o companheiro Dafne Fig.146 - Composição azulejar com fonte com alegoria à 2Música". Fig. 147 -Atalanta segundo estátua do jardim do Vaticano.

               

    Fig. 148 a 153 -Sequência de gravuras de François Perrier alternando com pormenores em azulejo das figuras representadas, sendo a primeira Hercules com seu filho Télego, segundo Satiro e Olympus e terceiro suicidio de guerreiro gaulês.  

               

    Fig. 154 a 157 Sequência de gravuras de François Perrier alternando com pormenores em azulejo das figuras representadas sendo a primeira Hercules do jardim Farnese, a segunda Grego Polux sem Dafne  e terceiro Atalanta segundo estátua do jardim do Vaticano. 

     

     

    Cronologia e proprietários

    XVII – Quinta de N. Srª da Luz em Carnide propriedade de D. António de Sousa de Macedo

    1661  - Luis Gonçalo de Sousa de Macedo agraciado por Carlos II de Inglaterra com o título de barão de Mullingar, foi primeiro barão da ilha Grande de Joanes. 

      XVIII  ( 2º metade) António de Sousa Macedo 2.º barão da Ilha Grande de Joanes.

     2º quartel do século XVIII – Luís Gonçalo de Sousa de Macedo 1º Visconde de Mesquitella (1713-1783),  com residência principal na Calçada do Combro, em Lisboa,  realiza grandes obras na Quinta de N. Srª da Luz

    4º quartel do século XVIII - D. José Francisco da Costa e Sousa de Albuquerque, Armeiro Mor do Reino, casado com a 2º Viscondessa de Mesquitella realiza grandes obras nos jardins.

    1785 –  D. José Francisco da Costa e Sousa de Albuquerque Armeiro Mor,  16º morgado da Quinta da Bacalhoa

    Séc. XIX - D. Luís da Costa de Macedo e Sousa e Albuquerque

    1853 - D. João Afonso da Costa e Macedo de Sousa e Albuquerque.

    1890 - herda a casa D. Luís António da Costa Macedo de Sousa e Albuquerque

     

     

    Bibliografia

    ARAUJO, Ilídio, Arte Paisagística e Arte dos Jardins em Portugal, volume I, Lisboa, 1962;

    CARITA, Helder - Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal, Lisboa, ed. de autor, 

    MECO, José , Arte Portuguesa, V. Nova de Gaia, 2009

    NEGREIROS, José de Almada , Os Jardins do Colégio Militar, Lisboa, Estado Maior do Exercito, 2003

    PERRIER, Franciscus, Segmenta Nobilium Signorum e statuarum, Chez la veufve de defunct Perrier rue des Fossez St Germain". Roma, 1638

     

     

    Nota

    Coordenação Helder Carita

    Fotografia: António Homem Cardoso, Helder Carita

     

     

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    PTCD/EAT-HAT/11229/2009

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