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    José Maria De Panella Y Villaronga (1819 – 1894)

    José Maria De Panella Y Villaronga (1819 – 1894)
    XIX

    José Maria De Panella y Villaronga nasceu em Barcelona no ano de 1819 e faleceu em São Paulo em 1894, tendo imigrado para o Brasil, precisamente entre os anos de 1842 e 1846. As razões de sua vinda são pouco esclarecidas, mas é muito provável que o pintor tenha deixado seu país em função das guerras civis espanholas, da instabilidade política, social e econômica da primeira metade do século XIX, além da busca por melhores oportunidades de trabalho, já que, aparentemente, Villaronga não alcançara notoriedade como artista na Espanha, ao contrário de alguns de seus contemporâneos como os paisagistas Jenaro Pérez Villaamil (1807 – 1854) e Luis Rigalt (1814 – 1894).

    O catalão foi pintor-decorador, dourador, encarnador, cenógrafo, retratista, e para além das artes pictóricas, exerceu também as funções de mestre de obras e arquiteto. Sua carreira contudo, não se iniciou, nem se desenvolveu na Corte, mas em importantes centros urbanos na região da Serra Acima, como Vassouras, Rio das Flores e Bananal. Na cenografia reformou e decorou inúmeros teatros na década de 1870, como o Teatro de Valença, o Teatro Santa Cecília em Bananal, o Teatro de Rink de Santos, o Teatro de Itu, o Teatro de Campinas, onde pintou também o pano de boca, o Teatro São João em Taubaté, e o Teatro São José em São Paulo, o qual reformou, pintou e decorou salas e camarotes.

    Seus trabalhos decorativos de maior relevância são as pinturas murais realizadas em casas de vivenda de importantes famílias da classe senhorial escravista, durante os períodos de apogeu e grandeza do café, como a fazenda Secretário em Vassouras, as fazendas Resgate e Rialto em Bananal, a fazenda Paraíso em Rio das Flores, a fazenda Bom Sucesso em Paraíba do Sul, além de residências urbanas como a casa do Barão de Itambé em Vassouras e a dos Alvares de Magalhães em São José do Barreiro. Também pintou e reformou igrejas em diversas cidades do vale paraibano fluminense e paulistano.

    Artista absoluto, Villaronga circulou pelo campo das artes e da engenharia, foi homem de grande espírito empreendedor, coordenou equipes de artífices, foi requisitado pelos barões do café e bajulado pelos cronistas da época. Na pintura mural decorativa brasileira do século XIX, assinou seu nome como pintor das múltiplas habilidades. .

     

    Texto e Pesquisa: Ana Claudia de Paula Torem

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    PTCD/EAT-HAT/11229/2009

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