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    Mansão Tavares Guerra

    Mansão Tavares Guerra
    Casa dos Sete Erros; Casa da Ipiranga
    XIX
    1884
    Brazil

    O engenheiro responsável foi o alemão Karl Spangenberger, tendo sido utilizada nas obras, mão-de-obra de imigrantes alemães ao invés de escrava. Destacam-se as participações dos pintores em decoração: o austríaco Carl Shäffer e o italiano Gustavo Dall Ara

    Petrópolis - RJ
    - 22. 50348
    - 43. 17315
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    A Mansão Tavares Guerra está situada em amplo terreno de frente para a Avenida Ipiranga, antiga Rua Joinville, e de fundos para a Companhia Imobiliária Petropolitana no centro histórico de Petrópolis. A região foi também designada como Quarteirão Francês, segundo divisão territorial da planta urbanística de Petrópolis modificada por Otto Reimarus em 1854.

    A edificação localiza-se em uma área mais elevada do parque, que é contornado por um caminho de terra circular partindo do portão principal. O extenso jardim à inglesa, de gosto pitoresco e traçado irregular, tem projeto original atribuído a Auguste Glaziou, com vegetação variada, lago e chafariz. O parque conta ainda com uma segunda construção anexa à casa principal, cuja função original era a de cavalariça. As cocheiras construídas para acomodar os cavalos da família apresentam tipologia e ornamentação semelhantes às da casa principal.

    A Mansão Tavares Guerra é um chalet eclético em estilo vitoriano, cuja construção de cal e tijolos exibe fachadas de configuração assimétrica, composição em três pavimentos e porão alto. Grande parte do material utilizado na construção foi importada da Europa. A planta de recorte irregular nos três pavimentos divide a edificação em três blocos distintos que compõem as quatro fachadas.

    A cobertura de telhas e com inclinação dupla apresenta janelas de lucarna nas fachadas principal e laterais, é ornamentada com cresteria e outros elementos decorativos como pináculos metálicos pontuando as quinas do telhado. O uso extensivo de detalhes arquitetônicos em madeira como balcões, marquises e beirais conferem ao chalet atributos característicos da casa de campo romântica.

    A fachada principal é composta de dois torreões com configuração arquitetônica distinta, com telhado em quina e beiral com treliça de madeira. No segundo e terceiro pavimentos, as janelas duplas são acompanhadas de balcões com tipologias diferenciadas; enquanto no primeiro pavimento o torreão direito apresenta janela tripla proeminente. O estreito corpo central, que se constitui somente até o segundo pavimento, abriga no térreo o pórtico principal elevado por escadaria de lanço único. O arco da entrada sustentado por colunas compósitas confere um toque clássico à fachada.

     

    Na altura do primeiro pavimento, a fachada lateral esquerda apresenta corpo avançado de área quadrangular com platibanda substituindo a cobertura telhada. A sequência de seis janelas envidraçadas confere ao espaço a aparência de jardim de inverno. Outro detalhe a ser destacado é a pequena torre de telhado cônico que se eleva até a altura do terceiro pavimento. Nesta fachada, a janela da lucarna possui características neogóticas, já que se situa na área da capela.

    Na face lateral direita a construção, embora mais retilínea, avança para o exterior no primeiro pavimento por um alpendre sustentado por colunas clássicas. Esta entrada lateral é feita através de uma porte-cochère guarnecida de balaustrada. No segundo pavimento, a arquitetura assimétrica se define pela varanda fechada com série de janelas formando uma arcada envidraçada. Este espaço, projetado para fora do bloco principal, sobrepõe-se à galeria contígua ao alpendre da entrada.

    Ostentando uma arquitetura mais despojada, a casa possui diferentes conjuntos de janelas, todas rematadas com caixilhos planos. Os beirais e os balcões de madeira são sustentados por modilhões, e um friso decorado com padrão geométrico percorre todo o edifício, destacando o terceiro pavimento. Na entrada principal, a porta dupla possui almofadas com vitrais ornamentados e maçanetas de bronze. A construção anexa que abrigava a cavalariça possui o primeiro relógio de torre da cidade de Petrópolis.

    O financista e exportador de café, José Tavares Guerra (1861 – 1907), político e católico atuante em Petrópolis, foi o primeiro proprietário da mansão. Filho mais moço do Comendador Luís Tavares Guerra, estudou na Inglaterra, onde formou-se em finanças; ao retornar, dez anos depois ao Brasil, idealizou o projeto de sua casa, em estilo vitoriano.

    1879 – Iniciou a construção da casa, situada na nona parte das terras do Quarteirão Francês em Petrópolis, com mão de obra de emigrantes alemães.

    1884 – Finalizou-se a construção, e a casa é ocupada pelo casal José Tavares Guerra e Júlia Guimarães Guerra.

    1891 – Nasce Maria Luísa, única filha do casal.

    1896 – A mansão Tavares Guerra é a primeira casa em Petrópolis a receber instalação de luz elétrica.

    1907 – Morre José Tavares Guerra, aos quarenta e seis anos. A casa passa a pertencer à viúva e à filha.

    1938 – Com a morte de sua mãe, Maria Luiza, casada com Áquila da Rocha Miranda, herda toda a propriedade. No ano seguinte, morre seu marido.

    1962 – Inicia-se o processo de tombamento da casa junto ao IPHAN a partir da proposta de Paulo Thedim Barreto, que propõe o tombamento urbano-paisagístico de uma extensa zona, compreendendo entre várias outras, a Avenida Ipiranga.

    1979 – É realizada a extensão do tombamento do conjunto arquitetônico da Avenida Koeller, com referência especial à casa da família Guerra na Avenida Ipiranga.

    2002 – Morre Maria Luiza Guerra da Rocha Miranda, deixando a partir do formal de partilha de seu inventário inúmeros herdeiros.

    A casa é aberta ao público, e continua em posse da família Rocha Miranda, que administra a propriedade como um importante museu-casa e espaço turístico da cidade de Petrópolis. Suas atividades culturais e visitações são realizadas todas as sextas, sábados e domingos. A casa possui acervo artístico e decorativo impecável, e está entre as cinco casas senhoriais oitocentistas preservadas em seu estado original no Brasil.

    Imóvel cadastrado na Prefeitura de Petrópolis sob o no 2484-8.

    Tombamento Federal, IPHAN, Tombo no 09; Inscrição no 34 de 08 de junho de 1964.

    José Tavares Guerra, a cavalo, e sua casa,1894.

    Casa Tavares Guerra circa 1890

     

    Programa Geral Tipologia e Planta

    Irregularidade e variedade caracterizam a construção composta por três pavimentos, porão alto e planta assimétrica em cada andar. Com tipologia tão diversa, os espaços no piso térreo formam três blocos distintos, enquanto no primeiro andar a distribuição dos cômodos se mantem mais uniforme. O último piso equivale à área do sótão, portanto se localiza junto à cobertura, abrindo para o exterior através das lucarnas e janelas sob os telhados em quina. Uma pequena claraboia na parte posterior do edifício permite a entrada de luz até o primeiro pavimento. 

     

    Piso 0

    A entrada principal se dá pela fachada norte de frente para o parque e conduz diretamente ao Vestíbulo em posição central na planta. Toda a zona de aparato se concentra na parte dianteira do pavimento térreo, sendo a ala da direita onde se situam as duas salas de convívio social. O Salão Dourado e a Sala de Música são acessados pelo corredor do Vestíbulo e se comunicam entre si através de um grande portal. Pela ala da esquerda se adentra para a grande Sala de Jantar, ambiente conjugado ao Fumoir. Os dois espaços unificados se diferenciam apenas pela decoração interior e pelo par de colunas de madeira que funciona como divisória aberta. De frente para a entrada principal da casa, a escada curvilínea conduz ao piso superior. 

     

    Piso 1

    No primeiro piso se encontra a zona privada da casa, onde ficam os quartos, os dormitórios e a varanda lateral, distribuídos em ambos os lados do corredor central. Alguns cômodos de serviço se agrupam na parte posterior do pavimento. E da galeria da escada se ascende ao último piso.

     

    Piso 2

    O último pavimento corresponde ao sótão que abriga a capela da família. Voltada para a lateral leste do edifício, a capela é flanqueada pela sacristia e por outro cômodo adjacente, fazendo comunicação com ambos os espaços. 

     

     

    Piso 0, Divisão 2, Vestíbulo

    No Vestíbulo, as portas duplas que dão acesso à Sala de Jantar, à Sala de Visitas e à Sala de Música são ricamente coroadas com ornamento de lintel em relevo estucado.  Ao centro, o grande medalhão guarnecido de perfil feminino é envolto por fino cordão de pérolas, seguido de moldura circular que se alinha à extensão da verga da porta. Acabamento decorativo com agrafes e crossettes compostos de conchas, fitas e folhas de acanto. Um fond quadrillé pontuado de pequenas esferas remata o arranjo ornamental do lintel das portas.

    Do teto, destacam-se as molduras estucadas de guirlanda florida que contorna a grande reserva, e a clássica de contas, palmetas e lótus. A roseta de centro tem formato cruciforme e é composta de palmetas, buques floridos, volutas e folhas de acanto. Na cornija, o cimácio que se une ao teto é formado por moldura de óvalos, e o largo friso pictórico é acrescido de rosetas de quatro divisões em relevo estucado.

     

     

    Piso 0, Divisão 2, Vestíbulo

    A entrada principal da casa se dá pelo Vestíbulo inteiramente revestido de pinturas parietais que dialogam com o forro igualmente pintado, mesclando tipologias distintas como o trompe l’oeil e o stencil. O arranjo compositivo geral de gosto essencialmente francês remete aos estilos Regência e Neo-Luis XV. Na entrada principal, o arco da porta é flanqueado por dois putti aninhados sobre console pintados com efeitos de sombra e luz, fingindo ornato arquitetônico.

    As paredes são pintadas em trompe l’oeil simulando lambri de apoio sobre o qual grandes painéis retangulares são intercalados por pilastras jônicas, cujos capitéis são ornados com máscaras femininas e feixes pendentes de culots. O interior dos painéis de tonalidade escura é composto de cártula central com moldura de palmeta aberta, enrolamentos em “C” vazados, conchas e arranjo floral de coroamento. As cártulas são guarnecidas de retratos dos filhos de Tavares Guerra.  

    O teto claro e arejado apresenta ornato de acabamento em cada extremidade com motivo inspirado nos arabescos franceses do século XVIII. O motivo é composto de putti, panejamentos, arranjos florais, folhagens e grotesco; e rematado por traçado linear formando fino contorno estilizado. A moldura arqueada que percorre o entorno do teto é pintada em fundo escuro sobre a qual se destaca friso contínuo de folhagens espiraladas, volutas e pequenas cártulas contendo motivos de joalheria característicos da estética romântica do período.

    Os demais frisos que compõem a modinatura pictórica do forro são do tipo stencil ou pochoir e compostos de motivos fitomorfos estilizados como palmetas, flores e folhas. As portas são pintadas em vert-gris, sendo as almofadas em amarelo claro decoradas com ornato de inspiração antiga, reunindo palmetas, hárpias com corpo em volutas e golfinhos. Pintura decorativa do último quartel do século XIX de autoria do pintor austríaco Carl Schäffer.

     

    Piso 0, Divisão 3, Sala de Visitas

    No Salão Dourado ou Sala de Visitas, o forro de madeira apresenta compartimentação geométrica compondo reservas decoradas com pinturas. Na palheta cromática de tons suaves predominam dourado, verde, rosa e azul. A grande área circular do meio contorna o compartimento central de formato irregular composto por curvas côncavas e convexas, guarnecido de pintura romântica com ramagens de flores e andorinhas. No cerne, a roseta de onde pende o lustre, é pintada com ornatos de entrelaçamento formando um rendilhado verde e azul.

    Os dois compartimentos laterais abrigam figuras de putti planando por entre nuvens e panejamentos. O entorno é formando por cercadura de compartimentos hexagonais pintados com fundo rosa salpicado de pequenos ornatos cruciformes em stencil. As demais molduras que rematam o forro recebem também pintura do tipo stencil de motivos variados como entrelaçamentos, rosetas e folhagens estilizadas. Pintura decorativa do último quartel do século XIX de autoria do pintor austríaco Carl Schäffer.

     

    Piso 0, Divisão 4, Sala de Música

    Na Sala de Música, também denominada de Salão Vermelho, a estrutura formal do teto tem inspiração no renascimento francês com seus “caixotões” em madeira pintada em dourado e bege, formando lacunários losangulares cujos pontos de junção são ornados com fechos pendentes ou cul-de-lampe talhados em madeira. Os lacunários são guarnecidos de delicadas pinturas onde figuram putti, ramagens com laçaria e cenas paisagísticas, dentre elas os Alpes Suíços, vistas da África, Bagdá, Egito, Índia e Palestina, em referência as viagens realizadas pelo proprietário da casa.

    A cercadura do entorno é composta de compartimentos retangulares pintados com delicados motivos florais. Rematando todo o conjunto, moldura decorada com stencil de motivos de meandro ou fitas onduladas. Pintura decorativa do último quartel do século XIX de autoria do pintor austríaco Carl Schäffer.

     

    Piso 0, Divisão 6, Fumoir

    O Fumoir, pequeno espaço anexo à Sala de Jantar, é decorado com pinturas de temática árabe-mourisca. No forro, a ornamentação que mescla motivos geométricos de entrelaçamento e formas orgânicas estilizadas, se abre ao centro deixando aparente cena figurativa com figura feminina que parece deleitar-se com um narguilé, tendo ao lado um pequeno putti. Ao fundo, a paisagem pitoresca de um cenário imaginário.

    As paredes são pintadas simulando lambri de apoio, sendo o silhar baixo decorado com apainelados em faux bois ornados com pequenos motivos de arabescos. E a zona superior é dividida em largas composições verticais com temática ornamental semelhante à do forro.  A molduragem do entorno, que remata teto e paredes é composta por frisos variados pintados em stencil com motivos fitomorfos estilizados.

    As portas e janelas recebem acabamento em pintura do tipo faux bois, e as estreitas almofadas são rematadas por pequenos ornatos de gosto mourisco. Pintura decorativa do último quartel do século XIX atribuída ao pintor italiano Gustavo Dall Ara.

     

    Piso 1, Divisão 1, Corredor

    O longo Corredor do segundo pavimento é acessado através da escadaria em curva do Vestíbulo, e leva aos quartos e dormitórios deste andar. A decoração pictórica das paredes é inspirada no Quarto Estilo Pompeano, sobretudo pelo habitual esquema parietal tripartido, a palheta cromática predominantemente preta e vermelha, as arquiteturas ilusionistas e os motivos ornamentais de velum, figuras aladas, grotescos e as figuras alegóricas. Neste contexto são acrescentados outros símbolos como o Sol, a Lua, os Lírios e a Estrela Flamejante, em referência à ideologia maçônica do proprietário Tavares Guerra.

    O teto claro e longilíneo apresenta composição simétrica de arabescos combinando flores, buquês, fitas, guirlandas, cabeças de anjo, panejamentos e figuras alegóricas ao gosto francês dos estilos Luís XV e XVI. Os frisos pintados em stencil que percorrem forro e paredes formam molduras de repertório greco-romano. As portas recebem acabamento em pintura policromada, delicados frisos em stencil e almofadas quadrangulares guarnecidas de ornato composto de culots, roseta e figuras aladas estilizadas. Pintura decorativa do último quartel do século XIX de autoria do pintor austríaco Carl Schäffer.

     

    Piso 1, Divisão 3, Quarto do Casal

    No Quarto do Casal, o forro de madeira apresenta compartimentação geométrica compondo reservas decoradas com pinturas, e palheta cromática de tons suaves onde predominam os tons de bege e azul. Na grande reserva central de formato geométrico irregular, a delicada pintura de gosto italianizante remete ao tipo quadratura, onde o céu azul se abre através da arquitetura fingida que se eleva em um dos lados, mostrando as figuras planantes de três putti entre nuvens.  Em duas pequenas reservas hexagonais laterais se enquadram arranjos pictóricos de flores, jarros e vasos. O entorno é demarcado por quatro compartimentos irregulares, dispostos em simetria, e guarnecidos de composições estilizadas representando médias-figuras, pássaros e elementos fitomorfos pintados em camaïeu. Nas duas laterais extremas, compartimentos retangulares são guarnecidos de ornamento formado por arranjo floral de onde partem folhagens espiraladas.

    Todos os frisos que compõem a modinatura pictórica são pintados em stencil, formando padrões fitomorfos estilizados trabalhados em uma ou mais cores. As portas recebem acabamento em pintura policromada de tonalidade clara, sendo as almofadas quadrangulares decoradas com recortes sinuosos e cártula losange ao gosto do rococó francês. Pintura decorativa do último quartel do século XIX de autoria do pintor austríaco Carl Schäffer.

     

    Piso 1, Divisão 4, Quarto Toilette

    O Quarto Toilette, anexo ao Quarto do Casal, apresenta no repertório ornamental do forro, o grafismo das molduras retilíneas, os elementos arcaizantes do neoclassicismo e uma policromia viva e ao mesmo tempo clara. O arranjo se desenvolve a partir da reserva central quadrangular com temática figurativa de putti e figura feminina portando um espelho. Da moldura de folhagens e laçaria envolvendo o friso dourado da reserva partem arabescos com motivos pompeanos, que se alongam até cada um dos quatro vértices do teto. São enriquecidos de médias-figuras aladas, conchas, palmetas, golfinhos, figuras femininas, folhagens espiraladas, flores e animais híbridos.

    O forro repartido em quatro quadrantes tem cada compartimento delimitado por um friso azul acompanhado de moldura gráfica de raminho de folhas. Mais quatro ornatos compostos de figuras femininas, motivos de rinceau, pequenos medalhões, flores e pássaros rematam cada quadrante. Todo conjunto é emoldurado por rica cercadura de folhagens e laçaria, tendo ao centro de cada lateral e nas cantoneiras, ornato de arabescos e culots.

    A cornija ou barra de roda-teto é decorada com molduras pictóricas do tipo stencil com motivos de meandros e entrelaçamentos. As portas recebem acabamento em pintura policromada de tonalidade clara, sendo as almofadas quadrangulares decoradas com recortes sinuosos e cártula losange ao gosto do rococó francês. Pintura decorativa do último quartel do século XIX de autoria do pintor austríaco Carl Schäffer.

     

    Piso 2, Divisão 3, Capela

    Pintura mural decorativa do tipo trompe l’oeil em estilo neogótico com variação cromática restrita aos tons de azul, branco e cinza. No sistema de divisão parietal em duas zonas horizontais, a área nobre exibe temática pictórica de sequência de janelas góticas com óculos trilobados, e coroamento com rendilhado de quadrilóbulos. O silhar estreito, flanqueado pela moldura de roda-meio e pelo alto rodapé, forma um friso decorado com motivos fitomórficos.

     

     

    Piso 0, Divisão 2, Vestíbulo

    Entrada principal com grande porta dupla apainelada e bandeira arqueada com vitral.  Cada lado da porta apresenta painel central guarnecido de vitral monocromático decorado com motivo de Amor portando espada, envolto por folhas de oliveira, e encimado por cartela com monograma da família Tavares Guerra. Uma fina cercadura filetada contorna o motivo principal, rematado por ornato de culot nas duas extremidades.

    Pavimento em mármore Carrara formando padrão quadrangular e cercadura em mármore preto.

     

    Piso 0, Divisão 3, Sala de Visitas

    Paredes revestidas com tecido de gosto romântico em fundo dourado e padrão floral repetitivo e monocromático.

    Lustre em bronze banhado a ouro da fundição francesa Barbedienne com cinco braços em voluta e cúpulas esféricas em vidro jateado. Outros dez braços formam castiçais com bobeches de cristal. Par de arandelas em bronze banhado a ouro com três castiçais em arco e bobeches de cristal. Espelho de cristal belga com moldura em arbalète estilo Luís XV.

    Sanefas de madeira rematadas com detalhes em pintura dourada. O perfil em arbalète é decorado com volutas e acanto nas duas extremidades; o centro, coroado com ornato de concha ladeado de folhagens de acanto e flores. Cortinas de gosto vitoriano, em tecido dourado com pesada drapery e acabamento com braçadeira lateral.

    Lareira de mármore branco de Carrara com superfície trabalhada com rebaixos, formando molduras geométricas e estilizadas. Acabamento interno lateral em madrepérola, e piso em azulejo de padrão geométrico monocromático.

    Pavimento em parquet de madeiras variadas, formando padrão quadrangular em diagonal com motivos de entrelaçamento, os quais compõem também o friso da tabeira. Junto à porta-janela do tipo baywindow, a composição retangular diferenciada remete à ideia de um tapete de madeira.

     

    Piso 0, Divisão 4, Sala de Música

    Paredes revestidas com papel de gosto romântico de padrão floral repetitivo e acabamento com finíssimos fios de ouro.

    Lustre em bronze banhado a ouro da fundição francesa Barbedienne com seis braços partindo do corpo central, sustentando cada um quatro candelabros com bobeches de cristal. Os braços arqueados são decorados com folhagens espiraladas, pendentes com flor-de-lis e figuras de Amores.

    Sanefas de madeira rematadas com detalhes em pintura dourada, e perfil arqueado com friso de rais-de-coeur e rosário. Coroamento duplo com motivos esculpidos de emblemas musicais em dourado, e ornatos pináculos nas extremidades. Cortinas de gosto vitoriano, em tecido de padrão floral com pesada drapery. Acabamento com braçadeira lateral dourada decorada com motivo de folha de acanto.

    Lareira de granito negro com detalhes em mármore negro veiado. Acabamento interno lateral em azulejo de flores e ramagens, e piso em azulejo de padrão geométrico monocromático.

    Pavimento em parquet de madeiras variadas, formando padrão quadrangular em diagonal com motivos de entrelaçamento, os quais compõem também o friso da tabeira.

     

    Piso 0, Divisão 5, Sala de Jantar

    Sala de jantar em estilo neorenascentista revestida com lambri de altura em madeira de jacarandá. De inspiração nos motivos de strapwork elisabetanos, a ornamentação talhada distribui-se na ensambladura dos estreitos painéis da zona parietal principal; e nos apainelados do silhar. Uma banda larga e plana encaixilha todo conjunto de painéis, sendo a zona superior pontuada com pequenos medalhões circulares em posição cruciforme. Encimando o lambri corre um friso reto, cuja superfície plana é talhada com os mesmos motivos decorativos dos apainelados.

    Os painéis de sobreporta retangulares são coroados com cornija ressaltada sustentada por par de consolos, e guarnecidos de motivo de brasão com monograma TG, folhagens espiraladas, concha e flor-de-lis.

    Lustre em bronze banhado a ouro da fundição francesa Barbedienne, com quatro braços em forma de média-figura masculina sustentando candelabro.

    Espelho de cristal belga embutido no lambri parietal, encimando lareira esculpida em mármore de Carrara. A extremidade arqueada é rematada por agrafe decorado com motivo de cártula renascentista e ramos de loureiro.

    A cornija larga e pouco saliente exibe relevo apenas nas molduras de acabamento como o friso de dentículos e os ondulados. Teto revestido em madeira de jacarandá em composição de lacunários losangulares, formando ao centro desenho de roseta geométrica. A molduragem que define os lacunários tem seus pontos de junção ornados com fechos pendurais ou cul-de-lampe.

    Pavimento em parquet de madeira, formando padrão espinha-de-peixe de tonalidade variada.

     

    Piso 1, Divisão 3, Quarto do Casal

    Paredes revestidas com papel de gosto romântico em fundo claro e padrão floral repetitivo em tons verdes e amarelos.

    Cortinas de gosto vitoriano, em tecido dourado com pesada drapery e borda de lambrequim. Acabamento com braçadeira lateral.

    Portas encimadas por lintel de madeira de inspiração clássica com painel guarnecido de roseta em relevo esculpido, e cornija com cimácio de gola direita.

    Ferragens das portas em metal com recorte hexagonal trabalhada com arabescos e elementos vegetalistas, acompanhando puxador elíptico ornamentado com os mesmos motivos.

    Piso em madeira de tábuas corridas.

     

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    PTCD/EAT-HAT/11229/2009

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