Contrato de 21 de maio de 1773 para as obras do forte de são Bras, casas de Comandante, tercenas e almazém
GOA NACIONAL ARCHIVES Livro de Obras, nº7840-1770-1773
(Excerto)
“com a condição que na varanda da casa do comandante fara de novo quatro adufas de caixilho as quatro janelas de dois quarteis cada hua da altura de seis palmos cinco e meia de largura com ….seis bizagras e oito aldrabas com os caixilhos metidos na parede que fique igual com ella com desasseis chapuzes tudo bem pregado e unido o que fara com muita perfeição”
Nota: Como parte integrante do sistema defensivo da cidade de Goa situadas em vários pontos da muralha distribuíam-se um conjunto de portas, denominadas por passos. Guarnecidas por uma força militar, que fazendo de alfândega controlavam as entradas e saídas da cidade sobretudo dos artigos de consumo diário. O padre Gabriel Saldanha refere na sua História de Goa (1926: 220) sobre estas portas “destas portas as três principais correspondiam (…) o passo de Daugim ao noroeste da ilha, o passo seco ou váu de São Brás pelo oriente e o Passo de São Tiago de Banastarim. A manutenção da muralha como das edificações que lhe estavam relacionadas era da responsabilidade do Senado da Câmara da Goa explicando-se assim que estas obras se encontrem registadas nos Livros de Obras da Câmara. No estudo destes contractos encontramos interessantes referências a sistemas construtivos e materiais de construção de revelante importância para a arquitectura e história da construção em Goa
Bibliografia:
ROSSA, Walter; MENDIRATTA, Sidh “ A Cerca Adormecida: recuperação histórico-cartográfica da muralha portuguesa de Goa" in Goa Passado e Presente, Atas do Congresso. Lisboa: CEPCEP e CHAM, 2013, 413-423.
SALDANHA, Padre m. J. Gabriel de, História de Goa, Monumentos Arqueológica, Vol. II, Nova Goa, casa Editora Livraria Coelho, 2º ed. 1926. Pp218-220.
TELLES, Ricardo Michael, “Fortalezas de Goa e suas legendas” O Oriente Português, 2ª série, nº 18, Nova Goa, 1937, pp. 283-334.